sábado, maio 13, 2006

la reina madre

nem sei direito como começou essa história, pois é do tipo de conto que quem conta aumenta um ponto. mas eu, cria da personagem principal, me acho no direito de hoje, contar a minha versão resumida. etelvina nasceu no interior de pernambuco, casou com um senhor de engenho da região. homem muito dinstinto, de posses. herdou alguns filhos e criou 20 e tantos outros, como seus, todos. metade marias de não sei o quê, metade josés de alguma coisa. senhora muito prendada, dona etelvina fez questão de que todas as marias aprendessem a bordar, coser, costurar e fazer alguma coisa que prestasse, que era dever de moça direita e casadoira naquela época. pois bem. quando ficou víuva, a filha mais nova de dona etelvina tinha 6 anos de idade. como os outros filhos já estava lá criados e ecaminhados na vida, ela mudou-se de mala e cuia pra capital, pra acompanhar a filha na vida. na cidade do recife, as duas, mãe e filha, criaram moda para as damas da sociedade. atelier de costura a todo vapor, linhas e tecidos por todos os lados, foi no zum zum das máquinas que me tornei gente. mas essa parte em que eu me encaixo é história muito comprida, que vai ficar pra uma outra hora.
na verdade eu escrevo, assim ocupando espaço, pra contar que dona etelvina, nascida em 1919, tá vivinha da silva, e tem uns 85 netos, 62 bisnetos e alguns tataranetos.
eu sou a única neta dessa cambada de gente, que se danou a perpetuar o ofício aprendido através das gerações.e embora distantes fisicamente, minha mãe e minha avó são o meu maior exemplo de força e perseverança. o meu incentivo diário. o meu controle de qualidade. agradeço todos os dias por ser filha e neta de quem sou.
etelvina, na língua germânica, significa: la reina madre.

feliz dias das mães, todos os dias!

13 Comments:

Anonymous Anônimo said...

mulher, até nisso temos história! Minha vovó Antonia teve lá tbm seus 14 filhos, e mais dezenas de netos, bisnetos e tataranetos, e vivinha tbm e bem viva aos 96 anos! Lindas essas histórias dessas guerreiras anônimas não...?
beijos e feliz dia das mães, linda!

9:29 PM  
Blogger Simone said...

obrigada D. Etelvina!!! D, obrigada por dividir conosco sua história e seu talento. Que Deus dê muita saúde à sua avó. FELIZ DIA DAS MÃES!!! bjs

9:27 AM  
Blogger chrys campos said...

Feliz dia das maes queridas!!! Um beijo na Vovo Etelvina, inspiradora de tanta coisa bonita!

10:38 AM  
Blogger leila said...

Feliz dias das mães!

*chegaram, são lindas, muito obrigada :)

9:36 PM  
Blogger Joelma Terto said...

História linda, família mais ainda. Espero que dona Etelvina saiba do sucesso que faz as coisas lindas da neta dela. (ela sabe, né?). Feliz dia das mães pras três. um beijo grande

11:28 PM  
Anonymous Anônimo said...

Que coisa mais linda, até enchi os olhos de água.

2:43 PM  
Blogger Geisa Villaça Lentini said...

Oi Denise navegando na internet descobri seu flikir e agora seu blogg. Poxa você esta de parabéns, é a melhor designer de bolsas que já vi. Seus tecidos são maravilhosos e dão vida a sua obra.Com todo respeito gostaria de fazer um convite especial para você, de dar uma olhadinha no meu blogg que eu estou montando. Nos tempos livres faço costumização em camisetas. De uma olhadinha lá e deixe seu recado, pois fiz sozinha e não tenho idéia de que realmente esta tudo em ordem. Agradeço sua atenção desde já. Obrigada.

3:32 PM  
Blogger Geisa Villaça Lentini said...

esqueci meu endereço
patchworsfashion.blogspot.com
Desculpe estou meio nervosa. Obrigada

3:41 PM  
Anonymous Anônimo said...

Nossa, Denize, que texto lindo! Mostra que sua habilidade e talento são igualmente utilizados para letras e panos - sorte a nossa.
Beijo pra essa dinastia de mulheres especiais.

6:26 PM  
Anonymous Anônimo said...

Denize, que delicadeza de texto! Suas palavras falam tão bem de você quanto suas bolsas e produções. Tudo maravilhoso! Beijocas pra vovó, pra sua mãe e procê!
Ana Paula

8:28 AM  
Anonymous Anônimo said...

ô mulher, que texto liiindo! E me pega num momento tão emocionado/emocionante da vida... Beijocas floridas

2:33 PM  
Blogger Isabella said...

Que linda sua história, Denize! E que linhagem de mulheres danadas, hem? Parabéns para vocês todas, querida! A Beatriz amou o sapatinho, te enviarei a foto dela usando assim que tiver conseguido fazê-la ficar quieta para tiver a bendita, tá? Um beijinho!

5:17 PM  
Blogger Dona Maroca said...

história emocionante e muito familiar para mim, pois - embora não sejam tantos filhos e netos - sou também a única neta que decidiu perpetuar as habilidades manuais da família.

fico feliz de hj não mais me sentir uma exceção!

feliz dia!

12:50 AM  

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